quinta-feira, abril 27, 2006

O cerne da questão

Ontem na Sic, numa reportagem em Espanha a propósito de viagens de finalistas, fui testemunha de uma das mais inacreditáveis provas de que a estupidez e egocentrismo existe e goza de boa saúde.
Um representante da agência de viagens que acompanhava os foliões dizia a propósito das peripécias que já tinha presenciado: (não sendo uma transcrição fiel do que foi dito o teor era aproximadamente este)
No outro dia, uma rapariga veio pedir-me informações sobre onde poderia adquirir a pílula do dia seguinte. Eu confesso que fiquei satisfeito por ela se sentir à vontade para perguntar uma coisa daquelas, o que significa que tem confiança nos nossos serviços.
Claro que o importante não era aflição da tal rapariga, ou o comportamento de risco que terá eventualmente tido, mas sim a confiança depositada nos serviços valorosos do seu agente turístico... Será que os serviços daquele senhor também incluem um tour pelos bairros de venda de estupefacientes da zona? Pois se o que se impõe é manter um elevado grau de satisfação e confiança do cliente, já estou a imaginar o contentamento do tal funcionário ao assegurar o grau de pureza de um risquinho de coca, ou uma pastilhita de ecstasy...
Perante tal completa e manifesta falta de inteligência e sensibilidade só me restou suspirar profundamente ao mesmo tempo que disparava para o ecrã a pergunta retórica: "mas este homem não tem filhos?" e dar graças por o tal senhor não ter dito pírula... Só para não me enervar.

sábado, abril 22, 2006

Filmes com cheiro

Alguém roubou a minha ideia. O que não é de admirar. Não era assim nada a rebentar de original e no Japão tudo é possível.

sexta-feira, abril 21, 2006

Conduzir faz mal à saúde

Quando é que alguma equipa de investigadores anunciará esta conclusão relativamente a um qualquer estudo levado a cabo em Portugal? Sim, volto a afirmar, mesmo que não secundada por nenhum estudo de relevo científico: conduzir em Portugal faz mal à saúde. Senão vejamos: de manhã quando estamos com pressa, e todos os segundos contam, temos sempre um encontro imediato com a traseira da carrinha do infantário, ou de um automóvel pertencente a um qualquer reformado idoso que não tem horários para cumprir, ou melhor ainda, com aquelas lambretas da câmara municipal, que ocupam a faixa toda impedindo qualquer tentativa de ultrapassagem, enquanto circulam a 40 kilómetros hora (independentemente da velocidade mínima). Pelo contrário quando circulamos em passeio, sem pressas nem tiranias do relógio, sofremos sustos de morte com a condução alheia (lá está Pitucha, os maus condutores são sempre os outros) e quase somos acometidos da tal road rage , quando nos apercebemos que a faixa da direita nas auto-estradas portuguesas é a que melhor flui, só porque ninguém (isso é que era bom!) se considera um condutor lento o suficiente para lá circular.
E apenas isto é já razão mais que suficiente para que a condução de veículos automóveis conste na lista negra dos malefícios para a saúde humana e tenha honras de parangonas nos media ao lado do colesterol, do álcool e do tabaco.

quinta-feira, abril 20, 2006

Estado de graça XI (ou o mundo de pernas para o ar)

A outra metade de mim anda de pernas para o ar. O que sendo um bom sinal não deixa de ser intrigante. As coisas mais simples da vida são assim: encerram sempre um certo mistério e interrogações para as quais nunca saberemos a resposta. Ou vá lá perceber-se como é que um ser humano consegue passar cerca de dois meses de cabeça para baixo sem sofrer consequências.

terça-feira, abril 11, 2006

Silly poem time # 7

My teacher wasn't half as nice as yours seems to be.
His name was Mister Unsworth and he taught us history.
And when you didn't know a date he'd get you by the ear
And start to twist while you sat there quite paralysed with fear.
He'd twist and twist and twist your ear and twist it more and more.
Until at last the ear came off and landed on the floor.
Our class was full of one-eared boys. I'm certain there were eight.
Who'd had them twisted off because they didn't know a date.
So let us now praise teachers who today are all so fine
And yours in particular is totally divine.

Roald Dahl daqui

segunda-feira, abril 10, 2006

Clichés domésticos


Cliché nº1 - associar a chegada da Primavera a limpezas e arrumações domésticas.
Cliché nº2- surpreeendermo-nos com as quantidades inauditas de tralha e inutilidades que acumulamos durante o resto do ano.
Cliché nº3- a satisfação com que nos desfazemos de tudo o que constitui o cliché nº2.
Cliché nº4- perceber que ainda assim não temos espaço disponível para arrumar tudo o que resta.

sexta-feira, abril 07, 2006

Porque é que


cada vez que vejo equipas de curling na TV me parece que todo aquele esmero e empenho seria muito melhor empregue a esfregar os azulejos ou o chão cá de casa? É que não consigo mesmo perceber porque é que tal actividade é considerada um desporto.... Só se mexem vigorosamente os bracinhos a bem dizer.

P.S. Às almas mais sensíveis e amantes de desportos desculpem o post reaccionário e sexista mas provavelmente é incapacidade e ignorância minha não ter ainda descoberto as alegrias e encantos do curling.

quarta-feira, abril 05, 2006

O fim da era Blitz

Final anunciado para a edição de 24 de Abril. Antes da versão digital ou do anunciado formato, mais conforme com os apertos financeiros do presente, a geração Blitzdependente embrulhava-se em papel de jornal. Sem requintes de papel lustroso mas com muita personalidade.