Ontem na Sic, numa reportagem em Espanha a propósito de viagens de finalistas, fui testemunha de uma das mais inacreditáveis provas de que a estupidez e egocentrismo existe e goza de boa saúde.
Um representante da agência de viagens que acompanhava os foliões dizia a propósito das peripécias que já tinha presenciado: (não sendo uma transcrição fiel do que foi dito o teor era aproximadamente este)
No outro dia, uma rapariga veio pedir-me informações sobre onde poderia adquirir a pílula do dia seguinte. Eu confesso que fiquei satisfeito por ela se sentir à vontade para perguntar uma coisa daquelas, o que significa que tem confiança nos nossos serviços.
Claro que o importante não era aflição da tal rapariga, ou o comportamento de risco que terá eventualmente tido, mas sim a confiança depositada nos serviços valorosos do seu agente turístico... Será que os serviços daquele senhor também incluem um tour pelos bairros de venda de estupefacientes da zona? Pois se o que se impõe é manter um elevado grau de satisfação e confiança do cliente, já estou a imaginar o contentamento do tal funcionário ao assegurar o grau de pureza de um risquinho de coca, ou uma pastilhita de ecstasy...
Perante tal completa e manifesta falta de inteligência e sensibilidade só me restou suspirar profundamente ao mesmo tempo que disparava para o ecrã a pergunta retórica: "mas este homem não tem filhos?" e dar graças por o tal senhor não ter dito pírula... Só para não me enervar.