quinta-feira, maio 25, 2006

Estado de graça XIII

A paternidade sonhada que me atrevo a citar:

Para a minha colecção de momentos perfeitos
A soma dos quais é o único tipo de felicidade que conheço.Há dias, numa noitada em casa de amigos, a filha mais nova despertou e começou a chorar. A mãe, que me ouvira confessar horas antes o desejo de paternidade, foi buscar a menina, 4 quilos e 40 dias de gente. Pô-la nos meus braços, barriguinha junto ao coração, mão por baixo, outra nas costas da bebé, a cabeça ligeiramente tombada no meu ombro. Minutos depois de uma dança suave e tímidos carinhos, a Maria do Mar adormeceu outra vez. A mãe guiou-me ao berço onde pousei o ser humano mais bonito que já vi. Caíram-me espontaneamente duas lágrimas que molharam a bebé mas não atrapalharam o seu soninho. Lágrimas gordas, imprevistas, rápidas, de pura, imensa alegria e, creio, espanto. Pode ser ridículo partilhar informação como esta, mas nunca antes fizera o que acabo de vos descrever - em termos simples que não fazem jus ao que o momento significou. Pegar um bebé como deve ser, adormecê-lo naturalmente, confortável, quase pai. Tenho a certeza que há muito tempo não era feliz assim. LFB

1 Comments:

Blogger Folha de Chá said...

A tua maternidade, que vem mesmo a caminho. :)

5:47 da tarde  

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