Naquele Tempo
Sob o caramachão de glicínia lilaz
As abelhas e eu
Tontas de perfume
Lá no alto as abelhas
Doiradas e pequenas
Não se ocupavam de mim
Iam de flor em flor
E cá em baixo eu
Sentada no banco de azulejos
Entre penumbra e luz
Flor e perfume
Tão ávida como as abelhas
Sophia de Mello Breyner Andresen
Abril de 98
2 Comments:
Olha! Ele há coisas... Parece que a Sophia nos inspirou para este fim de semana.
Isso ou telepatia aguda! Tenho andado para telefonar-te mas o meu fixo avariou-se sexta à noite. How convenient is that?
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